terça-feira, 28 de setembro de 2010

Um "Bando" de presente!

Com muita satisfação e alegria, venho falar do grupo O Bando!


Formado em São Paulo, no fim da década de 1960, por um bando de adoráveis malucos (Diógenes Burani Filho, Marisa Fossa, Rodolfo Grani Jr., Américo Issa, Emilio Guimil [Emílio Carrera] e Paulino [Paul de Castro]. Dudu Portes também participou do grupo), O Bando é uma banda folk-rock-MPB-tropicalista que pode ser colocada, sem dúvida, no mesmo patamar de Os Brazões e dos Mutantes. Mesmo com o sucesso que fizeram, gravaram apenas um álbum.

Para reforçar o valor que este grupo tem, trago uma notícia maravilhosa: o relançamento do álbum, em vinil e cd, pelo selo alemão Shadoks! O selo já está mandando os exemplares dos bolachões e bolachinhas para os membros da banda e alguns revendedores. A previsão de chegada é para esta semana! Segundo o Diógenes (e eu acredito!) tudo está muito bonito, lindo! Capa e encarte com textos, fotos e tudo mais! Um belo presente para quem gosta da banda e, principalmente, pra quem coleciona vinil!

Veja, neste site, o anúncio da pré-venda! Creio que está com um preço bem acessível:


Ah, bicho, estou muito feliz com tudo isso aí! Acompanhei essa história desde o início... Lembro do Diógenes me contando que o selo entrou em contato e que o Grani estava à frente das negociações. Depois veio a crise econômica mundial e tudo ficou na geladeira... E eu queria espalhar logo a notícia e não podia... rsrs... Um bom tempo depois, as negociações voltaram. Alguns membros do grupo mandaram textos de agradecimentos e tudo mais e, uma matéria feita com O Bando, no final dos anos 60, para uma revista (não lembro qual) serviu para contar a história da banda no encarte! Houve, também, alguns probleminhas "burrocráticos" nesse caminho todo, mas, não compensa contar porque já foram resolvidos e o que importa é que o presente está aí! É muito satisfatório saber do resultado! Este selo tem promovido coisas muito interessantes do nosso rock! Esse relançamento d'O Bando foi um passo e tanto! Diógenes, Grani, Marisa e cia. merecem! Agora, eu quero ter, em mãos, um exemplar para apreciar de perto! 

E tem uma fofoquinha para os membros e colaboradores da comunidade Mega Rock Brasil: nós, de certa forma, vamos aparecer neste encarte! Quando eu vir de perto, conto o que é! Hehehe....

Muito mais sobre O Bando:

Mega Rock Brasil - 97ª Homenagem: O Bando

Segue, abaixo, a capa e o track list desse disco phoda!:


01 ...E assim falava Mefistófeles
02 Fossa Boboca
03 Que Maravilha
04 Disparada
05 Vou Buscar Você
06 Sala de Espera
07 Alegria Alegria
08 Quem Sabe
09 Pela Rua da Praia
10 Esmagando Sua Sorte
11 Longe do Tempo


Beijo grande! Positivas, sempre!

De (mais *Snegs de Biufrais* do que nunca!)


domingo, 5 de setembro de 2010

Movimento "Salve a Rádio e TV Cultura"

Qual será o destino das Rádios e da TV Cultura? Esta é uma questão que vem sendo discutida por profissionais e estudantes da área de radiodifusão no Brasil, devido a uma crise institucional que a emissora vem enfrentando há alguns bons anos e que está prestes a ter um desfecho negativo.

No dia 12 de Agosto de 2010, aconteceu no Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo, no auditório Vladimir Herzog (Rua Rego Freitas, 530, sobreloja) uma reunião com pessoas e entidades da sociedade civil interessadas em se aliar e participar do "Movimento Salve a Rádio e TV Cultura" que foi criado durante o encontro. Algumas entidades já iniciaram movimentos de preservação da RTV Cultura e a ideia, agora, é unificar tudo. Outras reuniões e debates acontecerão ao longo do tempo. Segue abaixo, então, um manifesto postado na página de Luis Nassif sobre o Movimento e seus objetivos:


"O MOVIMENTO SALVE A RÁDIO E TV CULTURA será amplo, plural e apartidário, composto por todos aqueles que pretendem resistir às (más) intenções do governo de São Paulo e do presidente da Fundação Padre Anchieta, João Sayad, de liquidar com a única emissora pública de São Paulo e demitir cerca de 1.500 funcionários, entre jornalistas, radialistas e setor administrativo. As adesões ao Movimento podem ser realizadas pelo e-mail: salvertvcultura@sjsp.org.br


Pela criação do Movimento Salve a Rádio e TV Cultura

Rádio e TV Cultura: Uma crise institucional

Há duas décadas sob crises financeiras periódicas, que variam de duração e intensidade conforme a 'vontade' do governo estadual de liberar recursos, a TV Cultura vive agora sua primeira crise institucional e de identidade em 40 anos de funcionamento. Efeito dos dois primeiros meses da errática administração do economista João Sayad na presidência da Fundação Padre Anchieta.

Conduzido ao cargo por um processo político constrangedor, com apoio governamental que atropelou o acordo de reeleição do presidente anterior, João Sayad não só protagonizou método intervencionista novo na história da troca de comando na Fundação Padre Anchieta como também se apresentou como o encarregado de um projeto casuístico destinado a resolver os problemas financeiros da entidade através da amputação orgânica da Instituição.

Plantou com isso a raiz de uma crise que assume contorno institucional uma vez que a proposta confunde e busca mudar a natureza da Instituição, cria uma dúvida de identidade que nunca houve, e coloca em risco o patrimônio material e imaterial da Emissora, ao desconsiderar os fundamentos que deram origem e vida à TV Cultura.

É preciso lembrar, em voz alta, que a TV Cultura não é um órgão público da administração direta do governo do Estado de São Paulo. Não é autarquia. Não é secretaria estadual. Não pode nem deve responder a regras do poder. Não pertence ao Governo. Pertence ao público de São Paulo, posto que é Emissora Pública, de interesse público. Não pode ser desfeita, não pode ser adulterada por simples vontade ou 'implicância' de sua diretoria executiva. Tem estrutura jurídica específica, é supervisionada por um Conselho Curador que, por única razão de existir, é o representante da sociedade civil na Fundação. E a vontade da sociedade civil precisa ser consultada.

A TV Cultura tem problemas e eles resultam de acúmulos de erros administrativos e de um modelo de gestão vazio e descontinuado, fruto do cíclico apoderamento político da Emissora nos últimos vinte anos. Não foi o 'conteúdo' da programação da Emissora o causador desses problemas. Mas a má gestão contábil, que precisa ser corrigida dentro de seus limites, sem prejuízo do caráter educativo, social e cultural da TV Pública Paulista, de seu funcionamento, de seu passado de realizações, de seu significado na memória paulista. Não basta a atual administração fazer o uso repetitivo da reafirmação desse caráter. Qualquer projeto novo deve explicitar compromisso claro com a missão, vocação e aptidão da Emissora para a formação de cidadãos, para a oferta de conteúdos que se contraponham à programação homogeneizada das emissoras comerciais, atreladas às regras do mercado. Só uma TV pública é capaz de tratar o telespectador como cidadão, e não como consumidor. Preceito que ainda não foi compreendido e assimilado pela nova administração da Fundação Padre Anchieta.

Como é possível imaginar uma TV Cultura reduzida a uma 'administradora de terceirizados', trocando sua produção própria, trocando sua capacidade específica de formular programação de TV pública por conteúdos de produtoras independentes que em geral buscam nas regras do mercado a qualificação para a venda de seus produtos?

O desafio de João Sayad vai muito além da contabilidade. E muito além de sua visão pessoal e particular do que é 'chato', do que fica e do que deve sair da programação da Cultura. Não é agora, mas sempre, que uma emissora precisa se 'renovar'. Se ela - no dizer de Sayad - 'perdeu audiência, qualidade e se tornou cara e ineficiente', qual é, explicitamente, a fórmula, o projeto que a atual administração tem para a TV Cultura "ganhar audiência, qualidade e se tornar barata e eficiente"?

Quais programas -mais baratos e eficientes - se pretende oferecer a crianças, a jovens, a jovens adultos, e ao respeitável público em geral? É entretenimento? É educação? É complementação cultural? Quais seriam esses conteúdos e seus formatos? Quem virá a público detalhar e esclarecer isso?

O 'Movimento Salve a TV Cultura' não se ergue para defender o emprego dos funcionários da Emissora, ameaçados de demissão em massa. Isso é tarefa sindical. A defesa que se embute aqui é a da missão e do legado da TV pública paulista, de seu significado sóciocultural, de manutenção de uma TV alternativa que reflita viés humanista de vida e de mundo em sua programação.

O Movimento surge como teia espontânea de uma rede social multiplicadora entre funcionários, ex-funcionários, telespectadores, artistas, intelectuais, setores ligados à produção de pensamento e de cultura. E que já articula com os Sindicatos dos Radialistas e Jornalistas de São Paulo, personalidades políticas e da vida cultural, institutos e entidades afins, a ABERTURA DE UM DEBATE PÚBLICO em defesa da idéia original da Instituição TV Cultura.

A troca inicial e pública de reflexões sobre a TV Pública Paulista tem, como alvo principal, a cúpula administrativa da Emissora e seu Conselho Curador, instância superior que deve proteger os destinos da Emissora e que tem sido omisso nesse papel . A eles devem ser dirigidas, inicialmente, - através do site da TV Cultura e seus contatos disponibilizados- reflexões, críticas e propostas de retomada de princípios e rumos que administradores perdem de vista diante do recurso fácil do corte de custos e do desmanche.

O Movimento busca criar junto a sociedade civil as premissas que serão reunidas e organizadas para dar base a esse necessário debate público."

Movimento Salve a Rádio e TV Cultura


A situação é preocupante! Eu, Denise Soares, não digo isso somente pelo fato de ser uma estudante de radiodifusão que pretende trabalhar com projetos audiovisuais de qualidade. Quem está aqui se manifestando e já participando do Movimento é uma brasileira que presa pelos raros conteúdos de qualidade que os nossos meios de comunicação oferecem.


Beijo grande! Positivas, sempre!

De.