Por Denise
Soares[1]
Artigo produzido no 2º semestre de 2012. Incluí ilustrações nesta publicação.
Resumo
Este
texto pretende enfatizar a importância e a influência do meio universitário no
que tange a criação e o desenvolvimento de música popular e seus desdobramentos
na cidade de São Paulo. Destacam-se neste trabalho músicos vanguardistas, em
especial, da chamada Vanguarda Paulista - grupo de artistas que surgiu
nos anos 1970, tendo grande destaque no início dos anos 1980. Através da
efervescência criativa dentro das universidades, a música produzida por estes
artistas culminou em manobras de mercado pelo prisma da produção independente. Além
disso, boa parte destes músicos retornou à universidade como teóricos,
professores e/ou educadores, divulgando a Música Popular Brasileira em diversos
estudos publicados em livros ou lecionados, inclusive, em outros locais dissidentes,
onde se estuda música. Vale ressaltar que, a maioria destes artistas citados no
texto possui formação musical acadêmica erudita e optaram por produzir música popular,
comprovando, então, que Música Popular Brasileira, música erudita e cultura
acadêmica sempre puderam, muito bem, caminhar juntas. Esta análise faz um
retrospecto da evolução, participação e contribuição da universidade no
universo da Música Popular Brasileira, enfocando a cidade de São Paulo, partindo
do século XIX até o início do século XXI. O objetivo é ilustrar que a
universidade cumpriu e ainda cumpre um papel importante dentro da cultura
musical paulistana.
Palavras-chave: Universidade;
Academia; São Paulo; Música Popular; Vanguarda;
Teatro, livraria e selo Lira Paulistana, situado à Rua Teodoro Sampaio em Pinheiros. Este era o "não-lugar" da Vanguarda Paulista e seus apreciadores. Funcionou até 1986.
Sobre as influências e heranças cultivadas e explicitadas
pela Vanguarda Paulista e outros músicos de vanguarda, pode-se começar este
assunto pela fundação da Faculdade de Direito do Largo São Francisco - que, de
fato, mudou a vida cultural de São Paulo. Aqui, há um histórico importante do que
veio a gerar ideias e pensamentos relevantes para o cotidiano dos paulistanos e
do Brasil. Em 1827, foi criada - em um velho convento, que datava do século
XVI, cujas respectivas igrejas ainda existem - a Academia de Direito de São
Paulo como instituição-chave para o desenvolvimento da Nação. Era um pilar
fundamental do Império, pois, se destinava a formar governantes e
administradores públicos capazes de estruturar e conduzir o país
recém-emancipado. Nos anos 1930, foi construído um novo edifício, hoje tombado
como patrimônio histórico do Estado de São Paulo, no Largo São Francisco.
Possui um grande acervo cultural, onde se agrega desde os vitrais da escadaria
até pinturas e esculturas feitas por artistas renomados, além da biblioteca que
tem um acervo reunido, desde 1825, por frades franciscanos. Foi a primeira
biblioteca pública de São Paulo. Nomes como Joaquim Nabuco, Prudente de Morais,
Campos Salles, Bernardino de Campos, Ulisses Guimarães e Franco Montoro
passaram por lá com suas ideias de revolução. A Faculdade de Direito, além
disso, foi a primeira instituição a integrar a Universidade de São Paulo (USP)[2] no
momento de sua criação.
A Faculdade de Direito, situada no centro da capital
paulista, era uma faculdade de cultura geral, na verdade. Ela cumpria este
papel. Os estudantes se empenhavam em serem oradores, jornalistas, músicos,
poetas e boêmios, enriquecendo a vida acadêmica, também, fora das salas de aula. Alunos e alguns professores da
Faculdade se dedicavam assiduamente à música - hábito herdado dos portugueses e
dos cariocas. Eram realizados saraus onde se cantava e dançava. Havia, também,
as serenatas, onde os instrumentos preferidos eram violão, flauta, cavaquinho,
clarineta e gaita. O repertório era composto por modinhas e lundus, já em voga
no Rio de Janeiro. Compositores como Aureliano Lessa, Bernardo Guimarães,
Teodomiro Alves Ferreira, Venâncio José Gomes da Costa Júnior foram revelados
na Faculdade de Direito. Porém, em tempos de industrialização da cidade de São
Paulo, tudo estava atuando ao mesmo tempo. Havia a ópera, os movimentos
literários, a Art Noveau... A música
e a literatura foram absorvidas pelas elites, saindo um pouco das rodas e
saraus estudantis para adentrar os salões. Certa liberdade foi perdida pelos
estudantes, contudo, eles não deixaram a música e a boemia de lado. As
serenatas foram substituídas pelos shows. Surgiu, então, a Caravana Acadêmica. Criada
em 1927, no centenário da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, a
Caravana Acadêmica foi um grupo que fazia shows nos teatros da capital e do
interior paulistas. As rodas de samba promovidas por essa caravana inspiraram,
já nos anos 1940, o jovem sambista e universitário Paulo Vanzolini a compor
sucessos inesquecíveis da Música Popular Brasileira.[3]
Prédio da Faculdade de Direito do Largo São Francisco.
Através da efervescência
cultural e da disposição de estudantes e professores da Faculdade de Direito do
Largo São Francisco, já se pode constatar que a universidade foi transformadora
da mentalidade paulistana, pois, era foco da ciência, filosofia e literatura,
mesmo tendo sido idealizada para representar o comprometimento com o avanço
industrial e democrático da sociedade brasileira. E a universidade, com o
passar do tempo, foi além: com a contribuição de professores franceses, alemães
e italianos, a pesquisa foi colocada no centro e a Universidade de São Paulo
ajudou a modificar as tradições da elite. Faculdades isoladas como Medicina e
Direito davam um status elevado a seus formandos e as outras escolas superiores
ficavam por baixo. A partir da década de 1930, foi desenvolvido um padrão
inédito de interdependência dessas diversas unidades, colocando as faculdades
de Filosofia no centro. Essas faculdades eram voltadas à pesquisa nas Ciências
Humanas, Físicas e Biológicas, tirando um pouco a aura das tradicionais,
dignificando a Veterinária, Agronomia, Letras, Matemática, dentre outras.
Grupos da elite com formação superior se ampliaram.
Vale ressaltar, também,
que, nos anos 1960, a universidade saiu da condição de contemplativa e passou a
ser participativa. O período ainda era de modernização processada em valores,
comportamentos e condutas. Contudo, foi fortalecido o interesse de estudantes e
professores que efervesceram internamente passando a participar de movimentos
sociais com o enfoque, inclusive, no interesse pela cultura popular, cinema,
teatro e música. A Faculdade de Filosofia (USP) da Rua Maria Antônia foi um
exemplo desta forte relação com a vida cultural de São Paulo e com as inovações
que surgiram, dentre elas: Cinema Novo, Teatro Oficina, Teatro de Arena e os
Festivais da Canção que ocorriam nos Teatros Record (Rua da Consolação) e
Paramount - hoje, Teatro Renault, conhecido por apresentar musicais, em geral,
grandes produções a Broadway - (Avenida Brigadeiro Luiz Antônio).
Portanto, havia um contato forte com essas efervescências
que aconteciam próximas à universidade. Esta cultura extremamente viva fez o
estudante de Letras, José Miguel Wisnik, mudar o seu projeto de vida - ele
começou a estudar piano no Conservatório Musical de São Vicente e,
posteriormente, em São Paulo. Compôs canções para um festival universitário e
para o Teatro Oficina de Zé Celso Martinez Corrêa. Outro músico, cuja ligação
com essa efervescência dos anos 1960 está totalmente presente em sua carreira,
é Luiz Tatit, que se envolveu com a música discutindo o Tropicalismo com os
colegas de escola pública. Posteriormente, estudou Música na Escola de
Comunicação e Artes (ECA) da USP onde era ensinada, exclusivamente, a música
erudita, sendo a música popular não considerada música. Enquanto compunha as
canções do grupo Rumo, estudava Letras também.[4] Em
tempo: o Rumo nasceu de um grupo de estudos da USP, cujas músicas focavam
inserir novas informações baseando-se em pesquisas sobre as relações entre
canto e fala. A cantora e vocalista Ná Ozzetti foi apresentada ao grupo como
uma cantora que chamava a atenção pelas peculiares interpretações que dava às
canções[5].
A “invasão da Maria Antônia”[6] e
a instauração do Ato Inconstitucional nº 5 (AI-5) não diminuíram a força dos
estudantes e o seu poder de transformação dos costumes da sociedade e da
cultura. Por outro prisma, a Música Popular Brasileira fazia parte da realidade
universitária, também: professores usavam letras de Vinícius de Moraes, Chico
Buarque de Hollanda e Caetano Veloso, além de poesias de Manuel Bandeira,
Carlos Drummond de Andrade e Oswald de Andrade para ministrar suas aulas, tendo
boa receptividade por parte dos alunos. Cidadania
foi um dos temas que passaram a ser discutidos na música, a partir da segunda
metade dos 60’s, apontando para a “dupla cidadania do povo brasileiro”, que
significa o contraste entre a solitária vida do cidadão em meio à multidão no
mundo imaginário da música popular e o refúgio à cidadania plena e irônica para
entender o país real[7].
Registro fotográfico da "Invasão da Maria Antônia".
Nos anos 1970, a universidade e seus estudantes engajados
política e socialmente estavam no centro e seu potencial de estar na linha de
frente no combate ao regime militar instaurado era amplamente visto por
correntes que iam das organizações de guerrilha e luta armada de esquerda até
os Circuitos Universitários promovidos por artistas como Elis Regina, que fazia
shows organizados por centros acadêmicos de faculdades do interior do estado de
São Paulo, Paraná e Santa Catarina[8].
Arrigo Barnabé, com sua irreverência, originalidade e sensibilidade era
estudante de Arquitetura da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e de
Música da Escola de Comunicação e Artes - ambas da USP -, e ampliou os limites
da Música Popular Brasileira - se é que se pode dizer que a Música Popular
Brasileira é limitada - misturando a música popular com a música dodecafônica,
aprendizado adquirido no Conservatório Musical de Londrina, além dos estudos
caseiros feitos por conta e do exercício de fazer música com os colegas de FAU
e ECA. Clara Crocodilo (Clara
Crocodilo, Nosso Estúdio - 1980) foi composta quando Arrigo ainda fazia o curso
da FAU. Foi também na década de 1970 que a música brasileira começou a ser
estudada e composta de forma experimental. Diante desta afirmação, pode-se
dizer que a composição experimental dentro da universidade foi marcada pelo
trabalho de Arrigo Barnabé, na FAU, na ECA e fora das salas de aula em
ambientes frequentados por jovens de alto nível intelectual, interessados em
pesquisas sobre as fronteiras e transformações da música erudita em Música
Popular Brasileira. A obra do compositor, nos anos 1970 e 1980, retratava o
tamanho do mal-estar provocado pelo regime militar e o quanto ele se agravava.
Por estar na universidade no contexto da ditadura, Barnabé destacava em seu
trabalho a opressão e a solidão do homem e a violência, sempre rompendo limites
na música brasileira com suas composições dodecafônicas - algumas delas de
sucesso como Clara Crocodilo e Diversões Eletrônicas, do já citado
disco Clara Crocodilo.
Arrigo Barnabé.
Alguns artistas da Vanguarda Paulista servem de exemplo
sobre onde chegou, ao longo das décadas, esta evolução do sistema universitário
na sociedade, atrelando-se à música: além dos já citados Arrigo Barnabé, Luiz
Tatit e José Miguel Wisnik, se tem Arthur Nestrovski. Estes artistas se
formaram em Arquitetura, Letras e Música, respectivamente, na FAU e na ECA.
Dentro da universidade desenvolveram seus trabalhos artísticos junto com outros
artistas de diversas esferas. Ná Ozzetti é outro exemplo, pois, estudou Música
na Fundação das Artes de São Caetano do Sul (FASCS) e, posteriormente,
ingressou em outra universidade - Fundação Álvares Penteado (FAAP) - para
cursar Artes Plásticas[9]. O
grupo Língua de Trapo formou-se na Fundação Cásper Líbero. É importante, ainda,
citar Tom Zé, compositor baiano que cumpre papel fundamental na chamada música
de vanguarda brasileira. Mesmo não tendo feito parte da turma Vanguarda
Paulista, Tom Zé marcou profundamente a história da música produzida em São
Paulo, desde a Tropicália até o seu ressurgimento nos anos 1990. Vale
relembrar que, Tom Zé é baiano, mas, fez de São Paulo a sua moradia e escolheu
a cidade para projetar a sua carreira musical, prestando diversas homenagens à
terra da garoa. O músico
frequentava os seminários de música na Universidade Federal da Bahia (UFBA) ministrados
por Koellreutter.
Hans-Joachim Koellreutter foi uma das personalidades mais
importantes que escreveram a história da vanguarda musical brasileira. Sem a
intervenção deste grande nome, a trajetória da música de vanguarda no Brasil
não seria a mesma ou, talvez, não existiria com a mesma força. Koellreutter era
compositor, maestro, educador e esteta alemão. Desembarcou no Brasil em 1937.
Sempre foi um artista preocupado com a sociedade de massa, no sentido
tecnológico e industrial, e via na arte um meio de libertação, comunicação e
educação. Koellreutter instaurou um significativo trabalho de formação e
criação, sendo um marco na história da vanguarda musical brasileira. Tornou-se
referência para a criação de laboratórios de disciplina pelo país afora, além
de ser internacionalmente reverenciado por promover debates e difusões de
ideias por ensino com aulas e palestras, publicações, regência de concertos,
animação cultural, gestão de instituições, além de sua própria obra
musical. Formou artistas como Rogério
Duprat, Damiano Cozzela, Júlio Medaglia, Paulo Moura, José Miguel Wisnik,
Nelson Ayres e Tim Rescala, além de Tom Zé.
“Tudo o que choca, conscientiza” - esta era a filosofia do maestro.
Tom Zé, Koellreutter e o escritos Carlos Kater.
Fortalecendo a
ideia de que a música
popular cabe em todos os meios e, também, pode ser aprendida na universidade,
novas tendências surgiram ao longo das décadas. Nos anos 1990,
“compositores professores” desenharam um novo cenário na produção musical
paulistana e colocaram-na em evidência tanto na academia quanto nos meios
musicais de mais destaque. O
trabalho musical e crítico da Vanguarda Paulista transformou-se em objeto de
pesquisa na área da Semiótica e o pioneiro neste aspecto foi Luiz Tatit. Assim,
a Música Popular Brasileira continuou dentro da sala de aula com sucesso. Tatit
é um profissional que consegue harmonizar composição, produção de CDs, shows,
livros e teses acadêmicas com muita competência. José Miguel Wisnik e Arthur
Nestrovski seguem a mesma linha, tanto que, no início dos anos 2000, criaram as
aulas-shows - uma novidade herdada da
Vanguarda Paulista, um novo gênero com características próprias. Diferente de
uma aula e de um show, a aula-show combina elementos dos dois estilos criando
uma nova forma de apresentação cultural. Embrião: nos anos 1970, durante as
apresentações do grupo Rumo, Luiz Tatit explicava para o público as canções que
eram executadas no show. Discutiam-se tecnicamente as canções a serem ouvidas
e, no final, havia um debate aberto onde artistas e público falavam sobre as
ideias ligadas às músicas de vanguarda. Eram praticamente aulas.
Tatit, Wisnik e Nestrovski.
Possuindo características de um recital, com instrumentos
musicais e fala informal, a aulas-shows vão além, dando abertura para o público
fazer análises e comentários sobre as relações e discussões entre música e
letra, criação, momentos significativos da Música Popular Brasileira, panoramas
atuais e antigos da canção, dentre outros. A aula-show une pensamento crítico e
emoção sem preconceitos. Seus diferenciais dão uma abertura com gancho para a
imprensa que, ainda hoje, a transmite por canais de televisão como a TV Cultura
(CPFL Cultura e Café Filosófico são dois programas que seguem esta linhagem)
que auxiliam na divulgação do trabalho musical e acadêmico dos artistas que se
apresentam com esta nova linguagem. Vale ressaltar que, a aula-show é um
produto de uma época de liberdade política onde o debate sobre as conjunturas
atuais não tinham mais nenhum cunho ideológico potente e o artista não era mais
solicitado a se posicionar, como nas décadas de 1960, 1970 e 1980. Porém,
conquistou adeptos como Caetano Veloso, que já fez aulas-shows junto com José
Miguel Wisnik. Esta não exigência do público ao artista para falar de política,
talvez, seja fruto dos efeitos da globalização no final do século XX. O fato de
o artista estar “livre” de compromissos políticos abre possibilidades de a
canção encontrar novas afinidades. A Vanguarda Paulista, por ser não idealista,
ampliou este campo, aproximando música erudita e popular brasileira, ensaísmo,
poesia lírica e literatura.
Outra questão importante, defendida pela autora Sonia
Marrach Alem[10] é que já existem
materiais bibliográficos suficientes para que se crie uma nova faculdade: Faculdade da Canção Popular. Este
pensamento se deve à produção da Vanguarda Paulista, no que tange o papel que
seguiu cumprindo, tendo grandes profissionais como representantes. Além das
obras acadêmicas de Luiz Tatit, tem-se, ainda, os trabalhos de José Miguel
Wisnik - que começou a compor nos anos 1960, mas, só teve notoriedade com suas
composições feitas no decênio de 1990, além de livros e ensaios sobre música,
política e sociedade - e Arthur Nestrovski que é compositor, crítico musical e
autor de livros sobre música erudita e popular.
Referências
Bibliográficas
Bibliografia
ECHEVERRIA,
Regina. Furacão Elis. São Paulo:
Leya. 2012.
FENERICK, José Adriano. Façanhas às próprias custas - A produção
musical da Vanguarda Paulista (1979-2000). São Paulo: Annablume. FAPESP. 2007.
MARRACH, Sonia Alem. Música e universidade na cidade de São Paulo:
do samba de Vanzolini à Vanguarda Paulista. São Paulo: Unesp, 2012.
Fontes impressas
GHEZZI,
Daniela Ribas. De Um Porão Para O Mundo:
A Vanguarda Paulista e a produção independente de lp´s através do selo Lira
Paulistana nos anos 80 - um estudo dos campos fonográfico e musical. Campinas,
SP. Universidade Estadual de Campinas - Instituto de Filosofa e Ciências
Humanas. Dissertação de mestrado apresentada ao Departamento de Sociologia do
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP. 2003.
MURGEL,
Ana Carolina Arruda de Toledo. Alice
Ruiz, Alzira Espíndola, Tete Espíndola e Ná Ozzetti: Produção musical
feminina na Vanguarda Paulista. Campinas, SP. Universidade Estadual de Campinas
- Instituto de Filosofa e Ciências Humanas. Dissertação de mestrado apresentada
ao Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da
UNICAMP. 2005.
VICENTE,
Eduardo. A vez dos independentes (?):
um olhar sobre a produção musical independente do país. Artigo publicado na
Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação.
Universidade de São Paulo. 2006.
Fontes eletrônicas
CERQUEIRA,
Beatriz Lopes Jardim de. Descendo a
ladeira da memória - A música popular em São Paulo nos anos de 1980.
Disponível em: http://www.anpuhsp.org.br/sp/downloads/CD XVII/ST XVIII/Beatriz
Lopes Jardim de Cerqueira.pdf.
FENERICK, José Adriano. Vanguarda Paulista: Apontamentos para
uma crítica musical. Disponível em: www.revistafenix.pro.br/pdf11/artigo.7.secao.livre-jose.adriano.fenerick.pdf.
LOPES, Andrea Maria Vizzoto de
Alcântara. A música independente e a
vanguarda paulista. http://www.embap.pr.gov.br/arquivos/File/anais3/andrea_lopes.pdf.
[1]Denise Soares (autora) possui
graduação em Comunicação Social com habilitação em Rádio e TV pela Universidade
Anhembi Morumbi. Contato: soares3083@bol.com.br.
[2] Fundada em 1934, a Universidade de
São Paulo é pública, mantida pelo Estado de São Paulo e ligada à Secretaria de
Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. Reconhecida por
diferentes rankings mundiais, criados para medir a qualidade das universidades
a partir de diversos critérios, principalmente os relacionados à produtividade
científica, a USP é a maior universidade pública brasileira.
[3] Cf.: MARRACH, Sonia Alem. Música
e universidade na cidade de São Paulo: do
samba de Vanzolini à Vanguarda Paulista. São Paulo: UNESP, 2012.
pp. 31-81.
[4] Cf.: MARRACH, Sonia Alem. Op. cit. pp. 134-6 e 184-6.
[5] Cf.: MURGEL, Ana Carolina Arruda de
Toledo. Alice Ruiz, Alzira Espíndola,
Tetê Espíndola e Ná Ozzetti: produção musical feminina na Vanguarda
Paulista. Campinas, SP. Universidade Estadual de Campinas - Instituto de
Filosofa e Ciências Humanas. Dissertação de mestrado apresentada ao
Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP,
2005.
[6] Em São Paulo, a Outubro de 1968, um
grupo de estudantes da Faculdade Presbiteriana Mackenzie ligado ao CCC (Comando
de Caça aos Comunistas) entraram em confronto com universitários da Faculdade
de Filosofia da USP e outros opositores da ditadura militar. Esta rivalidade
vinha acirrando-se deste o dia 17 de Junho do mesmo ano, quando o CCC invadiu
uma sala do Teatro Ruth Escobar e espancou atores do elenco da peça Roda Viva
de Chico Buarque de Hollanda e Ruy Guerra, dirigida por Zé Celso Martinez
Corrêa. Este enfrentamento culminou na morte do estudante secundarista José
Guimarães, que era contra o regime e, meses depois, na prisão de centenas de
estudantes no XXX Congresso da UNE, em Ibiúna, interior de São Paulo.
[7] KEHL, Maria Rita. apud MARRACH, Sonia
Alem. Op. cit. p. 12.
[8] Cf.: ECHEVERRIA, Regina. Furacão Elis. São Paulo: Leya, 2012. p.
83.
[9] Cf.: MURGEL, Ana Carolina Arruda de
Toledo. Op. cit.
[10] Cf.: Para maiores referências da
autora, é importante ler: A arte do
encontro de Vinícius de Moraes: poemas e canções de uma época de mudanças -
1932-1980 (Escuta, 2000) e Outras
histórias da educação: do Iluminismo à indústria cultural – 1823-2005
(UNESP, 2009), dentre outras.
ola grande Denise Soares. Um Belo Historico dos lugares super importantes de Sampa ( Caetano Veloso), das pessoas ilustres e ate populares no meio do povão .Eu me lembro em 1977 em´plena era do punk rock, um Jornalista alugou um sobrado e fez a Casa Punk rock como ficou conhecida, ali na rua Teodoro Sampaio.Tinha de tudo do Rockroll.Acabou em pouco tempo , epoca dificil de curtir a boa musica .Falando no Teatro Lira Paulistano, tive a sorte tambem de antes de fechar de assistir a um som ao vivo da grande banda de Rock Paulista , o Made in Brazil e teve a participação do agora Saudoso Cornelius Lucifer.Tambem ainda nos fins dos anos 70 , (nao lembro a data agora ) a Faculdade de Direito da USP , mencionada no seu grande Trabalho , abriu as portas para a musica Rock e MPB.Lembro de ter ido lá e ver a grande banda Novos Baianos.Parabens pelo seu trabalho de pesquisa .Abs de seu fã Oscar.
ResponderExcluirQuerido Oscar,
ResponderExcluirvocê é uma bela fonte de pesquisa hein? Conhecedor de muitas maravilhas! Obrigada por passar por aqui e contribuir com o seu conhecimento e carinho!
Grande abraço!
Olá! Encontrei seu perfil em uma comunidade do Orkut no qual você postou links de toda a discografia virtual da Rita Lee o qual ainda faltam alguns discos, você re-uparia? Ansioso pela resposta.
ResponderExcluirQualquer coisa, meu twitter: @orranetto
Meu facebook: http://goo.gl/SvI36X
Grato!
Lira Paulista, Vanguarda Paulista, respeito o rótulo, mas cadê Dari Luzio?, vc é phoda de MERDA, besouro rola bosta.
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