quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Preguiça? Melhor não tê-la! Mas, se não a temos, como sabê-la?

“O homem gasta muito tempo e muita força para buscar fama, sucesso e satisfazer desejos materiais. Assistindo a tudo isso de longe, o homem parece um grande tolo”, já dizia o sábio preguiçoso.

E aqueles homens que vivem frenéticamente, feito formigas atômicas, ainda se aproveitam da preguiça alheia para mostrar que são melhores. A cidade é um verdadeiro formigueiro que cobra do homem o que é proporcional à evolução e às mudanças ocorridas no mundo ao longo do tempo.


Porém, ninguém ignora a preguiça, mesmo que a hipocrisia tente mostrar o contrário. Tanto aquele que trabalha em excesso como aquele que ignora o trabalho reage da mesma maneira, ou seja, todos querem fugir da realidade próxima. E ainda dizem que o trabalho dignifica o homem... Sim, aquele homem-formiga atômica que vive sonhando com as férias, com a aposentadoria, que tem raiva dos vagabundos errantes... e preguiçosos! Essa dignidade brilha nos preguiçosos ansiosos, que não convivem bem com a preguiça, pois sabem que ela não é coisa boa. E isso cansa... A guerra entre o “fazer nada” e o “trabalhar demais” dentro da cabeça também é exaustiva, por isso o preguiçoso ansioso já descansa bem antes de ficar cansado! Afinal, sabe que tem uma semana inteira pela frente e só de pensar que coisas para fazer aparecem de monte, a ansiedade já o consome.


Ah, falando nisso, e os domingos? São torturantes! Véspera inútil da segunda feira... Boa desculpa para ficar no sofá... até a hora da vinheta do Famplástico vir ninar a depressão. E aí vem a guerra: ficar aqui? Sair? Quem vê TV de domingo? Só bobo... Ah, mas é preciso descansar... Amanhã é segunda, tem que ir pro trabalho! É preciso lembrar disso... zzzzzzzzzzzz...


E na segunda feira, o óbvio: o homem vai trabalhar cansado, pegando no tranco, xingando a própria mãe por tê-lo colocado nesse mundo. Na terça feira, lembra de que é obrigado a entrar no ritmo frenético diurno. Na quarta, já anestesiou. Na quinta, já se acha um idiota por querer outra vida, afinal a sexta feira já está aí e a semana vai acabar. Oba, fim de semana! Cerveja na sexta com os vagabundos errantes que dão raiva, ressaca no sábado... depressão no domingo... zzzzzzzzzzzz... trampo na segunda... correria na terça...
        
A chatice de acordar todos os dias se fortalece quando se deixa as fugas de lado para correr atrás de nada, para tentar chegar a lugar nenhum. Dormir, levantar, ir para o trabalho pelo mesmo trajeto, tomar o metrô, passar pelas mesmas ruas, correr entre os carros... Desobedecer ao corpo, sorrir para o patrão, conversar com o computador, tomar café para não dormir, ler notícias inúteis... Até a bendita hora de ouvir o descanso chamar! Largar o café, desligar o computador, cuspir no patrão, fortalecer o corpo, pisar nos carros, voar pelas ruas, viajar no metrô, se jogar no sofá, ligar a TV e dormir. Alguma diferença?


E se enganam aqueles homens que pensam ter despertado a alma. Que pensam ter o domínio das coisas, adiando-as como se soubessem exatamente o que é necessário ou desnecessário para viver. E quem ou o que dita isso? A falta de sol na janela, nos sorrisos, a falta de luz que legitima o pecado... A fraqueza do ser que se deixa guiar pela mente com a ideia de ser livre para escolher...

E hoje ainda é quarta feira... É, pode ser uma boa não ir ao trabalho hoje!




Beijo! Positivas, sempre!

Denise

        
        
        

domingo, 5 de dezembro de 2010

Desabafo!

Sim, o cansaço bateu! A desculpa pode ser a de sempre: É fim de ano! E eu, que não nasci com a bunda virada pra Lua, trabalho e estudo feito louca! Corro atrás de cuidar da minha música, da minha família, dos meus amigos... Confesso que mais estudo do que trabalho... Muito mais estudo... Mesmo tendo de cumprir horrendas oito horas por dia para defender “meu salário de trabalhador otário” que ilustra bem a “exploração do meu patrão”. É... trabalhar e estudar, ao mesmo tempo, é desumano. Mas, o meu cansaço não vem disso não...

Fico puta de ver que violência maior é não ter direito ao trabalho nem ao estudo.  Violência maior é passar oito horas do meu dia dentro de uma instituição pública que defende os seus bônus e premiações em cima de um bando de jovens sem perspectiva nenhuma de vida, onde a falta de cultura, de formação política, de carinho e de amor estão em primeiro lugar representadas pelas drogas, agressões físicas e verbais gratuitas, meninas grávidas aos 14, 15, 16... Passo oito horas do meu dia vendo tudo isso... E mais aqueles que dedicaram anos da suas vidas de estudante para representar esta instituição, hoje, sendo um bando de palhaços depressivos e alcoolatras que não ganham nem metade do que investiram para serem referências... Sem ter nem mesmo uma base material, sequer, ou algum incentivo que valha para ensinar algo a esses jovens que, ultrapassadamente, ainda são chamados de “futuro da nação”.

E a violência não é contra mim não... Eu sou a violência! Assisto a tudo isso com uma sensação de impotência absurda. E uma revolta que me consome... O meu silêncio, a minha antipatia e arrogância são as minhas reações. Para as vítimas, vai a minha camaradagem... Para não dizer compaixão. E o meu agradecimento a cada criança que me premia com um abraço diário... E sem maldade.

O meu cansaço é o desânimo de ver que o ser humano assume, cada vez mais, a sua condição de “indivíduo-individual-individualista”. O discurso sobre o coletivo é lindo e a prática é zero. Talvez na mesa de bar... Mas, marcar um barzinho está cada vez mais difícil... Até para o “arroz de festa”...

O meu cansaço está em correr, gritar, espernear num quarto escuro e vazio. Minha geração luta contra o mercado. O mercado é meu inimigo e a luta é desigual. Até da minha arte eu quero viver, mas, terei de ser amiga do mercado. E me irrita ver tantos otários querendo ser ídolos! Mas, eles não têm culpa de sonhar assim... E eu tenho culpa de sonhar só o que posso cristalizar, ou seja...

E vem esse final de ano, onde começo a pensar naqueles jovens e crianças que entrarão de férias da escola e, por isso, ter algo para se alimentar será mais difícil porque merenda escolar não se entrega em casa. Começo a pensar naquele bando de gente se engalfinhando nas lojas para adquirir bens materiais sem valor, em nome de coisa nenhuma. Começo a pensar em milhares de pais e mães que vão gastar o seu pingado de salário para não desiludir os filhos sobre a existência do Papai Noel... Talvez, possa sobrar algum para o frango assado e o arroz... Ou para aquela dose etílica da coragem que ameniza as dores... Esse é o espírito do Natal! Ele entra para phoder, mesmo, nas pessoas, não é?

Não vou pedir desculpas pela minha revolta e pelo meu desabafo. Tenho esse direito. Não vou pedir nada... A tendência é o isolamento. “Para quem me quer assim, tá fácil! Para quem não quer, também!”


Um beijo!

Denise.



domingo, 14 de novembro de 2010

In Media Res

Não quero méritos nem imortalidade
Por inventar uma palavra, uma pancada, um dizer...
Quero apenas dizer.
Igual a qualquer ser que põe sua vida a brincar
Nesse carrossel desgovernado,
Tão inconsequente a ponto de jogar o espírito
Pra fora de um corpo que não anula a visão congelada.

Deixando o mundo fotografar minha alma
Para revelar-me traída gritando a paixão,
Expondo à sarjeta a dor,
Vivendo no centro do olho do furacão,
Sentindo o prazer da vida sacudida in media res.

Sendo o vácuo entre as taças no tilintar e, depois do brinde,
Transformar-me naquela velocidade etílica absurda
A rasgar o corpo sedento.
Assistindo a uma rinha de boteco
E aplaudindo o vencedor...

Velando o sono vigiado pelas estrelas
E coberto por um jornal...
A trilha sonora?
É o tesão comendo o que resta
E o uivo dos cães
Juntos de nós inebriados de luar e lágrimas.
E no espelho do céu olhinhos assustados in media res.

Caminhando numa trilha de flores caídas,
Aos prantos de dor da árvore sentida em perdê-las,
Admirando o vão entre galhos e folhas
Como se fosse uma pintura rara

Presenciar uma cena de nuvens fecundando-se
E chorar ao ver o desenho da paz,
Mesmo que esta seja derradeira por um segundo...
Chutando a poça de chuva
Só pra ver os pingos em forma de poema no ar.

Segurando a barra, virando as páginas
Desse almanaque de fatos reais,
Sem pausa a vida está
In media res.


Denise Soares - 26/08/2005


 



domingo, 24 de outubro de 2010

Na mão da contramão...

TEXTO ESCRITO POR KEL B.

Por mais de vinte anos, a cada dia, perdíamos no Brasil, parte do elemento fundamental da sociedade - O Povo.

Tais percas se davam por visitas nada voluntárias à outras pátrias, nada legítimas a pavimentos obscuros e nada convidadas aos portões celestiais.

O cheiro podre do autoritarismo e da barbárie exalava a cada milímetro percorrido do território nacional pelos pés de corpo e mente cansados, massacrados, não mais puramente pelo parasita detentor do meio de produção, como também pela Ditadura Militar.

Levantaram-se então, mesmo com iê iê iê e marchas familiares na tentativa de calarem-nas, vozes inconformadas, nas suas mais variadas formas, vezes um grito, vezes um tiro, vezes um canto, vezes um suspiro, dispostos a trazerem luz ao caminho trevoso imposto pelos tiranos oficializados.

E surge, no balançar de uma imensa e rubra bandeira, manchada de sangue e lavada com lágrimas, a Democracia e, juntamente com ela, uma constituição, que nos protege, nos iguala e nos liberta enquanto pessoas livres, de direitos e deveres.

Mas, para que nos serve essa Democracia se somente participamos das decisões do Estado que não é Nação a cada dois anos, simplesmente porque somos obrigados a fazê-lo?

Para que lutamos por essa Democracia se aceitamos omissamente que uma minoria quase invisível decida toda nossa vida e as formas em que se darão nossas relações sociais?

Para que dispomos de nossa individualidade em busca de um bem maior que é a proteção da própria vida se hoje lutamos um contra o outro, desconsiderando o verdadeiro inimigo?

Para que buscamos a igualdade, se, no entanto, exaltamos celebridades e ignoramos os trabalhadores, como nós, em situação de rua, sem enxergar que existe algo maior que promove essa desigualdade? Para que a buscamos se a nós o que importa é o ter e não o ser?

Para que recorremos a liberdade, se somos indiferentes ao ato de escolha? Apenas engolimos a ideologia que nos é apresentada, não analisamos, não pesquisamos, não disseminamos, NÃO ESTAMOS NEM AÍ?

Para que liberdade ampla e irrestrita, se a única liberdade que prezamos é a de vender a mão de obra e de sermos livres para utilizar nossos cartões de crédito?

Para aqueles que estamos satisfeitos com os resultados da democracia conformada e paralítica, estamos no caminho certo. A vida já está não sendo protegida através do descaso da saúde, através da exploração da força de trabalho, através da desigualdade social.

Para aqueles que estamos satisfeitos, a igualdade já está não sendo respeitada, enquanto meia dúzia de picaretas, representam a vontade de meia dúzia de famílias, com o dinheiro de milhões de brasileiros.

Para aqueles que estamos satisfeitos, a liberdade que garante a livre manifestação daqueles que levantam bandeiras, se posicionam criticamente, tentam ir na contramão do Capital, já estão sendo barrados:  Censura ao humor, prisão dos líderes de movimentos sociais, suspensão de blogs, omissão de dados históricos de domínio público, investimento zero na educação...

Lamentável a forma com que nos deixamos corromper, com que desrespeitamos tanto sangue derramado em prol de direitos e justiça, a forma com que cuspimos e descartamos todo um processo de luta e abrimos espaço às elites e aos possuidores do poder à domar e dominar de forma tão imensamente fútil e interesseira nossas vidas.

Qual daqueles somos? Qual destes nos tornamos? E o futuro? A Deus pertence?

Ir na mão da contramão é consentir, ir na mão da contramão é aceitar, ir na mão da contramão é compactuar. Quem daqueles somos e quem destes nos tornamos?

Opção, escolha e reflexão...ou não. Ou não?

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Para complementar, quero dizer que tenho muito orgulho de saber que existem pessoas como a Kel, que escreveu essas duras, belas e certas palavras! E mais orgulho tenho, ainda, de tê-la como amiga... assim, dentre outras coisas, compartilhamos a nossa revolta.

Deixo um recado e meus mais sinceros votos: boa “Festa da Democracia” pra todos! Feliz Farsa Eleitoral! Quem teve estômago pra votar no primeiro turno, vai ter para votar no segundo. E, também, vai ter força pra aguentar a ressaca! Vão lá... curtam a festa! Mas, depois, não me contem como foi, porque eu já sei como será... Eu não participo dessa porra toda, mas, a ressaca sobra pra mim também.

O voto é nulo! E a luta é... bem, o período é de estudo!


Beijinho! Positivas, sempre!

PS: Kel, obrigada!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Um "Bando" de presente!

Com muita satisfação e alegria, venho falar do grupo O Bando!


Formado em São Paulo, no fim da década de 1960, por um bando de adoráveis malucos (Diógenes Burani Filho, Marisa Fossa, Rodolfo Grani Jr., Américo Issa, Emilio Guimil [Emílio Carrera] e Paulino [Paul de Castro]. Dudu Portes também participou do grupo), O Bando é uma banda folk-rock-MPB-tropicalista que pode ser colocada, sem dúvida, no mesmo patamar de Os Brazões e dos Mutantes. Mesmo com o sucesso que fizeram, gravaram apenas um álbum.

Para reforçar o valor que este grupo tem, trago uma notícia maravilhosa: o relançamento do álbum, em vinil e cd, pelo selo alemão Shadoks! O selo já está mandando os exemplares dos bolachões e bolachinhas para os membros da banda e alguns revendedores. A previsão de chegada é para esta semana! Segundo o Diógenes (e eu acredito!) tudo está muito bonito, lindo! Capa e encarte com textos, fotos e tudo mais! Um belo presente para quem gosta da banda e, principalmente, pra quem coleciona vinil!

Veja, neste site, o anúncio da pré-venda! Creio que está com um preço bem acessível:


Ah, bicho, estou muito feliz com tudo isso aí! Acompanhei essa história desde o início... Lembro do Diógenes me contando que o selo entrou em contato e que o Grani estava à frente das negociações. Depois veio a crise econômica mundial e tudo ficou na geladeira... E eu queria espalhar logo a notícia e não podia... rsrs... Um bom tempo depois, as negociações voltaram. Alguns membros do grupo mandaram textos de agradecimentos e tudo mais e, uma matéria feita com O Bando, no final dos anos 60, para uma revista (não lembro qual) serviu para contar a história da banda no encarte! Houve, também, alguns probleminhas "burrocráticos" nesse caminho todo, mas, não compensa contar porque já foram resolvidos e o que importa é que o presente está aí! É muito satisfatório saber do resultado! Este selo tem promovido coisas muito interessantes do nosso rock! Esse relançamento d'O Bando foi um passo e tanto! Diógenes, Grani, Marisa e cia. merecem! Agora, eu quero ter, em mãos, um exemplar para apreciar de perto! 

E tem uma fofoquinha para os membros e colaboradores da comunidade Mega Rock Brasil: nós, de certa forma, vamos aparecer neste encarte! Quando eu vir de perto, conto o que é! Hehehe....

Muito mais sobre O Bando:

Mega Rock Brasil - 97ª Homenagem: O Bando

Segue, abaixo, a capa e o track list desse disco phoda!:


01 ...E assim falava Mefistófeles
02 Fossa Boboca
03 Que Maravilha
04 Disparada
05 Vou Buscar Você
06 Sala de Espera
07 Alegria Alegria
08 Quem Sabe
09 Pela Rua da Praia
10 Esmagando Sua Sorte
11 Longe do Tempo


Beijo grande! Positivas, sempre!

De (mais *Snegs de Biufrais* do que nunca!)


domingo, 5 de setembro de 2010

Movimento "Salve a Rádio e TV Cultura"

Qual será o destino das Rádios e da TV Cultura? Esta é uma questão que vem sendo discutida por profissionais e estudantes da área de radiodifusão no Brasil, devido a uma crise institucional que a emissora vem enfrentando há alguns bons anos e que está prestes a ter um desfecho negativo.

No dia 12 de Agosto de 2010, aconteceu no Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo, no auditório Vladimir Herzog (Rua Rego Freitas, 530, sobreloja) uma reunião com pessoas e entidades da sociedade civil interessadas em se aliar e participar do "Movimento Salve a Rádio e TV Cultura" que foi criado durante o encontro. Algumas entidades já iniciaram movimentos de preservação da RTV Cultura e a ideia, agora, é unificar tudo. Outras reuniões e debates acontecerão ao longo do tempo. Segue abaixo, então, um manifesto postado na página de Luis Nassif sobre o Movimento e seus objetivos:


"O MOVIMENTO SALVE A RÁDIO E TV CULTURA será amplo, plural e apartidário, composto por todos aqueles que pretendem resistir às (más) intenções do governo de São Paulo e do presidente da Fundação Padre Anchieta, João Sayad, de liquidar com a única emissora pública de São Paulo e demitir cerca de 1.500 funcionários, entre jornalistas, radialistas e setor administrativo. As adesões ao Movimento podem ser realizadas pelo e-mail: salvertvcultura@sjsp.org.br


Pela criação do Movimento Salve a Rádio e TV Cultura

Rádio e TV Cultura: Uma crise institucional

Há duas décadas sob crises financeiras periódicas, que variam de duração e intensidade conforme a 'vontade' do governo estadual de liberar recursos, a TV Cultura vive agora sua primeira crise institucional e de identidade em 40 anos de funcionamento. Efeito dos dois primeiros meses da errática administração do economista João Sayad na presidência da Fundação Padre Anchieta.

Conduzido ao cargo por um processo político constrangedor, com apoio governamental que atropelou o acordo de reeleição do presidente anterior, João Sayad não só protagonizou método intervencionista novo na história da troca de comando na Fundação Padre Anchieta como também se apresentou como o encarregado de um projeto casuístico destinado a resolver os problemas financeiros da entidade através da amputação orgânica da Instituição.

Plantou com isso a raiz de uma crise que assume contorno institucional uma vez que a proposta confunde e busca mudar a natureza da Instituição, cria uma dúvida de identidade que nunca houve, e coloca em risco o patrimônio material e imaterial da Emissora, ao desconsiderar os fundamentos que deram origem e vida à TV Cultura.

É preciso lembrar, em voz alta, que a TV Cultura não é um órgão público da administração direta do governo do Estado de São Paulo. Não é autarquia. Não é secretaria estadual. Não pode nem deve responder a regras do poder. Não pertence ao Governo. Pertence ao público de São Paulo, posto que é Emissora Pública, de interesse público. Não pode ser desfeita, não pode ser adulterada por simples vontade ou 'implicância' de sua diretoria executiva. Tem estrutura jurídica específica, é supervisionada por um Conselho Curador que, por única razão de existir, é o representante da sociedade civil na Fundação. E a vontade da sociedade civil precisa ser consultada.

A TV Cultura tem problemas e eles resultam de acúmulos de erros administrativos e de um modelo de gestão vazio e descontinuado, fruto do cíclico apoderamento político da Emissora nos últimos vinte anos. Não foi o 'conteúdo' da programação da Emissora o causador desses problemas. Mas a má gestão contábil, que precisa ser corrigida dentro de seus limites, sem prejuízo do caráter educativo, social e cultural da TV Pública Paulista, de seu funcionamento, de seu passado de realizações, de seu significado na memória paulista. Não basta a atual administração fazer o uso repetitivo da reafirmação desse caráter. Qualquer projeto novo deve explicitar compromisso claro com a missão, vocação e aptidão da Emissora para a formação de cidadãos, para a oferta de conteúdos que se contraponham à programação homogeneizada das emissoras comerciais, atreladas às regras do mercado. Só uma TV pública é capaz de tratar o telespectador como cidadão, e não como consumidor. Preceito que ainda não foi compreendido e assimilado pela nova administração da Fundação Padre Anchieta.

Como é possível imaginar uma TV Cultura reduzida a uma 'administradora de terceirizados', trocando sua produção própria, trocando sua capacidade específica de formular programação de TV pública por conteúdos de produtoras independentes que em geral buscam nas regras do mercado a qualificação para a venda de seus produtos?

O desafio de João Sayad vai muito além da contabilidade. E muito além de sua visão pessoal e particular do que é 'chato', do que fica e do que deve sair da programação da Cultura. Não é agora, mas sempre, que uma emissora precisa se 'renovar'. Se ela - no dizer de Sayad - 'perdeu audiência, qualidade e se tornou cara e ineficiente', qual é, explicitamente, a fórmula, o projeto que a atual administração tem para a TV Cultura "ganhar audiência, qualidade e se tornar barata e eficiente"?

Quais programas -mais baratos e eficientes - se pretende oferecer a crianças, a jovens, a jovens adultos, e ao respeitável público em geral? É entretenimento? É educação? É complementação cultural? Quais seriam esses conteúdos e seus formatos? Quem virá a público detalhar e esclarecer isso?

O 'Movimento Salve a TV Cultura' não se ergue para defender o emprego dos funcionários da Emissora, ameaçados de demissão em massa. Isso é tarefa sindical. A defesa que se embute aqui é a da missão e do legado da TV pública paulista, de seu significado sóciocultural, de manutenção de uma TV alternativa que reflita viés humanista de vida e de mundo em sua programação.

O Movimento surge como teia espontânea de uma rede social multiplicadora entre funcionários, ex-funcionários, telespectadores, artistas, intelectuais, setores ligados à produção de pensamento e de cultura. E que já articula com os Sindicatos dos Radialistas e Jornalistas de São Paulo, personalidades políticas e da vida cultural, institutos e entidades afins, a ABERTURA DE UM DEBATE PÚBLICO em defesa da idéia original da Instituição TV Cultura.

A troca inicial e pública de reflexões sobre a TV Pública Paulista tem, como alvo principal, a cúpula administrativa da Emissora e seu Conselho Curador, instância superior que deve proteger os destinos da Emissora e que tem sido omisso nesse papel . A eles devem ser dirigidas, inicialmente, - através do site da TV Cultura e seus contatos disponibilizados- reflexões, críticas e propostas de retomada de princípios e rumos que administradores perdem de vista diante do recurso fácil do corte de custos e do desmanche.

O Movimento busca criar junto a sociedade civil as premissas que serão reunidas e organizadas para dar base a esse necessário debate público."

Movimento Salve a Rádio e TV Cultura


A situação é preocupante! Eu, Denise Soares, não digo isso somente pelo fato de ser uma estudante de radiodifusão que pretende trabalhar com projetos audiovisuais de qualidade. Quem está aqui se manifestando e já participando do Movimento é uma brasileira que presa pelos raros conteúdos de qualidade que os nossos meios de comunicação oferecem.


Beijo grande! Positivas, sempre!

De.




quinta-feira, 19 de agosto de 2010

“Neste fruto está escondido o paraíso!”

Agosto é o mês do cachorro louco, aquela coisa toda... Mas, também, é um mês extremamente significativo para a Música Popular Brasileira, em especial, para o Rock Brazuca. Algumas datas remetem a situações tristes como a morte de Raul Seixas, por exemplo. Porém, agora, em 2010, comemora-se 35 anos do disco Fruto Proibido de Rita Lee & Tutti Frutti. Registro fantástico! Fruto Proibido é considerado por muitos o melhor disco de rock brasileiro de todos os tempos e está sempre nas melhores colocações em listas produzidas pela crítica especializada (e decente! Se é que existe crítica decente...). Esta verdadeira obra prima vem fazendo a cabeça de muitas gerações sendo, assim, grande influência e base para músicos de diversos estilos.


















O disco Fruto Proibido reflete perfeitamente o bom momento em que Rita Lee, Luiz Carlini e cia. estavam vivendo. Depois de um disco vetado pela antiga gravadora e de alguns probleminhas ocorridos no disco anterior (Atrás do porto tem uma cidade), os “Tutti Fruttis” se encontraram, finalmente. Mudaram de gravadora e fizeram de um sítio no interior de São Paulo o seu retiro de loucuras mil para conceber as sonoridades e mensagens que construiriam a obra prima do bolachão da capa cor de rosa.












Ah, lembro bem do dia em que comprei esse disco... na verdade, o CD! Peguei o primeiro salário do meu primeiro emprego, entrei numa loja e comecei a fuçar tudo! Quando eu vi o CD com aquela capa cor de rosa e li “Rita Lee & Tutti Frutti - Fruto Proibido” quase tive um troço! Eu sabia da existência desse disco, o tinha como sonho de consumo, mas, nunca tinha visto a capa... Enfiei o CD debaixo do braço e não larguei mais... nem por decreto! Levei pra casa sem nem questionar o preço! Aí, phodeu! Passei, durante séculos, todas as poucas horas livres de minha vida de operadora de caixa degustando o Fruto Proibido... Mesmo já conhecendo bem músicas como “Agora só falta você”, “Esse tal de Roque Enrow” e “Ovelha Negra” (primeira música que aprendi a tocar no violão depois do “Parabéns a você”), fui arrebatada de jeito! E hoje, uns 10 anos e bem mais horas livres depois, ouço este disco com a mesma fome de música e emoção... Com ele, saquei, de fato, que em cada fruto proibido está escondido o paraíso. Delícia! “Você não acha irresistível?”. Só me falta o LP, agora... Quero descobrir muitos sons ainda desta maravilha... E olha que eu tenho dúvida se o meu preferido da banda é esse ou o Entradas e Bandeiras!

Bem, no meio dessa comemoração toda, vem uma notícia que todos os coraçõezinhos que amam Rita Lee & Tutti Frutti esperavam: será lançado, em 2011, o documentário “Rita Lee & Tutti Frutti” sobre o período mais fértil da banda (1973 a 1978)! O filme está em fase de produção. Abaixo, segue um vídeo com uma matéria produzida para o programa Vitrine da TV Cultura onde o jornalista, músico e, agora, documentarista Moisés Santana e o guitarrista Luiz Carlini são os entrevistados:
http://www.youtube.com/watch?v=gxIlXp8T0yo


Segue, também, o link de um site muito interessante que fala sobre o projeto:
http://www.culturabrasil.com.br/especiais/35-anos-de-fruto-proibido-2


Já estou na torcida para que dê tudo certo nessa produção tão significativa. E aguardo ansiosa o produto final! Rita Lee é uma das maiores artistas que o Brasil produziu em todos os tempos e Tutti Frutti é um momento especialíssimo e apaixonante de sua carreira! Além disso, nunca é demais falar da importância de Luiz Carlini, Lee Marcucci e cia. para o Rock Brasileiro. Mas, há uma dúvida latente: Será que Rita Lee vai falar? É o que todos esperam... e eu acredito que sim! E você, o que pensa sobre isso? Aguardemos!

Presentinho para quem ainda não conhece essa delícia de disco que é o Fruto Proibido:

















E para reforçar, mando aqui um compacto com duas músicas gravadas em espanhol, “Oveja Negra” e “Ese Tal de Roque Enrow”.
Em Espanhol



Delicie-se! E lembre-se: “quem morre hoje nasce um dia pra viver amanhã e sempre!”




Muito mais sobre Rita Lee & Tutti Frutti aqui:

Mega Rock Brasil - 05ª Homenagem: Rita Lee & Tutti Frutti

Beijo grande! Positivas, sempre!

De

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Como é gostoso esse Mário Gomes!

Antropofagismo
Eu, sem ser antropófago,
já saboreei muita gente por aí.
Minhas preferências são os esbeltos
violônicos corpos femininos: a mulher.

Ah! Se a humanidade fosse toda antropófoga

como eu teria o prazer de ser devorado
em um banquete ou bacanal de lindas garotas
sexys, histéricas, eróticas
e eu, em cima de uma mesa qualquer totalmente nu.
Assado ou cozido.
Recheado de cebolas, tomates e farofas.
Enquanto Odete espetava um dos meus esverdeados olhos
que outrora foram profanos,
Judite arrancava minha língua e mastigava furiosamente.
Depois Maria Helena
pegava uma faquinha de mesa e cortava
delicadamente meu pênis ereto e dizia entre-dentes:

-Como é gostoso esse Mário Gomes.


(Mário Gomes)


Recebi isso de um grande amigo meu de Fortaleza, o Eric, e achei maravilhoso! Conheci mais um dos nossos bons e verdadeiros artistas, que passam a vida inteira dedicando-se à sua arte sem pretensões de serem ídolos, sem a arrogância e a soberba que muitos artistas (?) têm só porque criam alguma coisa... enfim... Esse Mário Gomes é phoda! E o poema acima, especificamente, apesar de ter um apelo sexual fortíssimo, não trata só de sexo... O barato desse poema, o que me faz gostar dele e do Mário Gomes é a forma como ele retrata a liberdade de desejar as coisas... Veja quem é esse cara:


Os livros de Mário Gomes são raros e estão esgotados em toda parte! Seguem, então, alguns links que servem para conhecer um pouco mais do poeta:






Beijo grande! Positivas, sempre!

Denise

terça-feira, 20 de julho de 2010

Doces Flores...

20 de Julho! Uma data que, até pouquíssimo tempo, passava batida por mim e... hoje ainda passa! Tá, é aniversário do Brian May...

De qualquer maneira, "sei lá quem" inventou que hoje é Dia Internacional do Amigo para "sei lá que fim"... Minto! Vamos lá. Um argentino criou esta data (reconhecida em 1985) em homenagem à chegada do homem à lua (chegou mesmo?) em 1969. Para ele, “um feito como este demonstra que não há objetivos impossíveis se o homem se unir com os seus semelhantes”. Bela e comovente esta piada! Mas, não tem graça... Não neste contexto! Porém, as utopias nos fazem seguir adiante, não é mesmo?

Contudo, vou tentar deixar culto da ira de lado, agora, porque fico com o coração mole e os olhos lacrimejantes quando lembro e falo de A-M-I-G-O-S! Hoje recebi algumas mensagens por esse dia e fiquei feliz! Todo dia é dia deles – pelo menos pra mim é! E, hoje, posso lembrá-los especialmente! Ah, e hoje é um bom dia, também, para desejar que os bons colegas se tornem amigos e para mandar os maus colegas e os inimigos irem se phod*r!!!

Para quem teve uma infância feliz como eu tive, amigos são as lembranças mais gostosas do mundo! As brincadeiras, a escola, os passeios, os aniversários... Um desabafo: percebi, há poucos dias, que boa parte dos meus amigos de infância, hoje, são somente lembranças mesmo. As pessoas se transformam e até os assuntos de infância se esgotam... Ficam velhos, literalmente. E tem aqueles que se perdem pelo mundo... E os que não estão mais neste mundo... Tem uma letra minha de uma música que diz isso: “Amigos distantes, doces flores que não colho mais...”. Mas, existem uns “gatos pingados” que permanecem intactos no meu coração pelo carinho, respeito e consideração que dirigem a mim... e que tenho por eles!

“O melhor lugar do mundo é aqui e agora...”. Parafraseando o Gil, digo, contudo - sem pessimismo e amargura - que, longe da minha infância (sem nunca mudar a essência), conheci e continuo conhecendo seres extraordinários. Ou seja, tenho colhido, ainda, doces flores por este louco caminho que sigo pelo mundo. Tenho o privilégio de dizer que tenho, sim, A-M-I-G-O-S, nesta época em que as pessoas andam dizendo que não existe amizade, que só existem interesses... enfim. Não vou citar os nomes dos meus amigos maravilhosos, apesar da lista ser, relativamente, pequena. Só posso agradecer às Grandes Energias por essas presenças em minha vida e nas mais diversas situações! Por darem sabor às maluquices e aos momentos sóbrios... Por fazerem de mim um ser menos medíocre. Meus anjos da guarda, companheiros de música, de andanças, de conversas, de desabafos, de bebedeiras, de telefonemas, de “internetadas”, de diversão, de ralação... Para todas as coisas! A todos esses que amo, me desculpem por eu ser um ser um tanto ausente e chato, de vez em quando... Aos que não entram mais em contato, obrigada por deixarem deliciosas marcas! Aos que evaporaram da minha vida - muitas vezes porque eu excluí! – mais uma vez, vão se phod*r!

Recomendo a todos que tenham amigos! AMIGOS, hein?! Tem muita merda solta por aí...






Beijo grande! Positivas, sempre!
De.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Mega Rock Brasil

Hoje é o Dia Mundial do Rock. Tudo já foi falado, comentado, mostrado, tocado... E, para que esta postagem não seja “mais do mesmo”, resolvi falar de algo que é muito importante pra mim e, ao mesmo tempo, prestar uma singela homenagem.

Mega Rock Brasil é uma comunidade criada no Orkut pelo meu caro colega Fabio Rodrigues (que faz aniversário em 13 de Julho) para a troca de ideias, músicas, divulgação de trabalhos, enfim, para falar de tudo o que diz respeito ao rock brasileiro e ao que está ligado a ele. É derivada de duas outras belíssimas comunidades, a Mega Rock e a Mega Cultura, das quais eu participo, também (hoje com menos frequencia), com o maior carinho e satisfação, criando - assim como vários outros membros também fazem - tópicos bacanas com temas interessantes.

Era engraçado participar da Mega Rock porque boa parte do pessoal lá gosta e é expert em rock estrangeiro e eu sempre fui muito mais ligada ao rock ’n roll produzido no Brasil, rock dos anos 60 e 70. Por isso, eu criava tópicos sobre bandas nacionais, muitas vezes pouco conhecidas e, apesar da manifestação de alguns, a audiência não era lá muito grande... Até que, um belo dia, há dois anos atrás, o Fabio resolveu criar a Mega Rock Brasil, baseada nas outras “Megas”. Eu A-M-E-I! Encontrei o meu espaço! Comecei a meter o bedelho na comunidade e o Fabio me convidou para ser mediadora! Comecei a postar os nossos artistas lá e a receptividade foi melhor do que se esperava, afinal, Orkut é Orkut...

Parece estranho falar assim com tanto apreço de comunidades de um site de relacionamentos, mas, Mega Rock, Mega Cultura e Mega Rock Brasil têm um profundo significado pra mim. Aprendi muita coisa, conheci outras mil e, principalmente, fiz grandes amizades nestas comunidades – amizades que saíram da condição de virtuais para reais! Surpreendentemente, existe um alto nível de carinho e respeito por parte de todos, além de um puta conhecimento e envolvimento com a cultura musical.

A Mega Rock Brasil, em especial, tem me proporcionado muitas maravilhas que dividirei com todos ao longo do tempo. É uma comunidade que tem poucos membros, mas, as pessoas que estão lá são maravilhosas, de qualidade, mesmo! Isso prova que quantidade nem sempre diz alguma coisa.

A foto abaixo é de Janeiro de 2009 e foi tirada no nosso 1° Mega Encontro, num bar em São Paulo. Noite inesquecível com o pessoal do Rio de Janeiro, do Paraná, além de nós, paulistas, meu!

Da esquerda para a direita: Silvio (agachado na frente), eu, Giu, Marcelo Altea, Zhé (camisa da Janis), Fabio (agachado na frente), Spedini, Nádia e Helder.

Mas, faltou muita gente bacana nessa foto e que estava lá: o Anderson, o Alex, o Uwe... E também os que não estavam e são, igualmente, importantes... eu não poderia deixar de falar deles, os amigos que tanta força dão para que a Mega Rock Brasil, em especial, se mantenha impecável: Cesar, Ednelson, Dedé, José Rock ‘n Roll (Oscar), Martins, Mij, Will, enfim... muitos!

De coração, eu agradeço a todos! Aos amigos que fiz, aos que colaboram, aos anônimos que passam pela comunidade mesmo sem participar dela... Valeu pelo prestígio, gente! E, Fabio, muito obrigada por ter-me deixado deitar e rolar na Mega Rock Brasil! Hehehe...

Segue o link da comunidade:


MEGA ROCK BRASIL



Beijo grande, rockers! Positivas, sempre! E que a vida seja sempre rock ‘n roll!!!

Da “sempre muito Snegs de Biufrais”,
Denise.

sábado, 10 de julho de 2010

Mafalda toda!

É o que dizem...



























Beijão pra vocês! Positivas, sempre!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Sim, eu vou falar, então.

Falar, cantar, gritar, silenciar, sei lá...
Vou me C-O-M-U-N-I-C-A-R!

Quando se estuda a comunicação, - mesmo que nunca por completo, devido a sua infinidade - sempre se cai num mesmo princípio: a necessidade do homem de se comunicar. Comunicando-se, o homem se organiza, entende o que está em sua volta... Não deve existir linha divisória para o cérebro e para a informação. Fundamental é ter a percepção de que a comunicação e a informação são necessárias para o equilíbrio da vida social. Através de blogs e afins, pode-se, então, remeter-se a um pouco do charme que é fazer um tipo de jornalismo mais artesanal, onde o repórter trabalha sozinho, com preocupações estilísticas, dando o melhor de si para o que faz. É uma resposta a essa grande fábrica em que se transformaram a imprensa e todos os outros veículos de comunicação de massa. Bem, é claro que eu não estou aqui para teorizar sobre esse assunto... Estudo comunicação, vivo tudo isso, obviamente, e, grosso modo, trato deste assunto neste texto inicial. E isso tudo é para dizer que quero me C-O-M-U-N-I-C-A-R!

Vale ressaltar que, todas as pessoas que se comunicam, seja lá como for, são repórteres do seu tempo, de sua época e, além disso, trazem o conhecimento do passado como base para o presente.

O blog Florestas Cibernéticas surgiu dessa necessidade de dividir com quem se interessar um pouco dos mundos que vejo e vivo. Aqui, vou falar de todas as coisas que passaram ou passam pela minha cabeça e pela minha vida, do conhecimento que adquiro através de outras pessoas... Vou falar do que eu quiser!

O nome “Florestas Cibernéticas” veio de um grande amigo meu, o Diógenes Burani, que, em nossos papos, sempre me diz que sou "uma menina sempre muito ‘Snegs de Biufrais’ que fica por aí, pelas ‘florestas cibernéticas’”. Papo de maluco? Bem, quem passar por aqui, vai se deparar com essas coisas também. O nome do blog é em homenagem a esse amigo.

Neste espaço não haverá limites, preconceitos ou mediocridades do tipo. Aqui a liberdade será exercitada! É importante falar do que vale a pena e, de vez em quando, do que não vale a pena, também. Todas as formas possíveis e impossíveis de comunicação caberão no Florestas Cibernéticas. Quero falar também do que vocês quiserem que eu fale. Não é possível fazer da comunicação algo solitário, não é mesmo?

Sejam bem vindos!

Obrigada!
Aquele abraço e positivas, sempre!


Denise Soares.